domingo, 12 de fevereiro de 2012

Duras Penas

Se ao menos eu soubesse
De que lado vem o soco...

A impotência frente ao acaso
Sempre me deixou tenebroso
A queda, e toda sua incerteza
De forma bruta em leveza
Fratura exposta, rígida
Ou bruta e inconstante fraqueza

E se eu abaixo, e brota do chão?
E se eu pulo, e me rasga pelo céu?
E se eu fico imóvel
E pulveriza feito idéia errada?
E se eu fosse chumbo, numa queda,
A duras penas repartindo um corpo?

...se ao menos eu soubesse
De que lado vem o soco.


Marcelo Diniz
www.marcelodiniz.net

Um comentário:

  1. "A impotência frente ao acaso
    Sempre me deixou tenebrosa
    Tento ensaiar para tal ato
    Mas a surpresa sempre me pega e desmonta
    Sempre me seca e me afronta...

    Depois remoo as sutilezas que minha mente captou
    Não me conformo com a destreza de quem a mim se dirigiu e falou
    Com a coragem de importunar a paz que antes se instalou.
    A raiva responde, se ergue, e se esconde.

    Talvez não devesse me importar com coisas pequenas
    Talvez o segredo da vida seja não saber tudo...
    Para continuar seguindo,
    Sonhando, chegando
    e partindo
    Com as escolhas na mão, ao longo da vida distribuindo.

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